ARECACEAE

Syagrus weddelliana (H.Wendl.) Becc.

EN

EOO:

635,283 Km2

AOO:

48,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Segundo Noblick e Lorenzi (2010) esta espécie tem ocorrência restrita à porção da Serra dos Órgãos em Petrópolis, em uma faixa altitudinal de 50-800 m. Há registros de ocorrência validos para a espécie em outros municípios e localidades da Serra dos Órgãos como: Guapimirim (B.A.S.Medeiros e F.M. Gudin 107), no município de Magé na localidade Estação Ecológica Estadual do Paraíso (H.C. de Lima 2200) e na cidade do Rio de Janeiro (H. Lorenzi 4959)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2017
Avaliador: Raquel Negrão
Revisor: Rodrigo Amaro
Critério: A3cd;B1ab(i,ii,iii,iv)+2ab(i,ii,iii,iv)
Categoria: EN
Justificativa:

Essa palmeira ocorre na Serra dos Órgãos (municípios de Guapimirim, Petrópolis e Teresópolis) e no município de Magé. Apresenta EOO=38 km², AOO=16 km² e quatro situações de ameaça considerando as localidades de ocorrência. A espécie habita baixa faixa altitudinal (Noblick e Lorenzi, 2010), em que a principal ameaça é representada pela expansão urbana, que implica conversão dos hábitats para construção de moradias. Caracterizada como planta herbácea de sub-bosque, requer pouca luminosidade, sendo indicada como ideal para interiores, o que lhe confere potencial valor econômico e de uso ornamental (Noblick e Lorenzi, 2010). Assim, considerando níveis potenciais de exploração e um declínio contínuo da EOO, AOO, qualidade de hábitat e número de subpopulações associados às ameaças incidentes, projeta-se o declínio populacional de 50% em menos de 100 anos.

Último avistamento: 2013
Quantidade de locations: 4
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Arq. Bot. Estado Sao Paulo 2: 8. 1944. Espécie muito próxima a L. insigne, que ocorre no Rio de Janeiro (Friburgo) e no estado do Espírito Santo (Noblick e Lorenzi, 2010).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Espécie ornamental. Noblick e Lorenzi (2010) afirmam que pelo fato de ser uma espécie de sub-bosque, requerendo pouca luminosidade, esta espécie é ideal para interiores.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: herb
Fenologia: perenifolia
Longevidade: perennial
Luminosidade: mesophytic
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa Submontana, Floresta Ombrófila Densa Montana
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Clone: yes
Detalhes: Segundo Noblick e Lorenzi (2010) esta espécie ocorre em Floresta Ombrófila da Serra dos Órgãos, em altitudes que variam de 50 a 800 m.
Referências:
  1. Noblick, L.; Lorenzi, H. 2010. Lytocaryum, including a new species from Bahia, Brazil. Palms, 54(1): 5-17.

Reprodução:

Detalhes: Segundo Dransfield et al. (2008), o gênero é composto por espécies iteroparas (pleonânticas) e monóicas.
Estratégia: iteropara
Sistema sexual: hermafrodita
Referências:
  1. Dransfield, J., Uhl, N., Asmussen, C.B., Baker, W.J., Harley, M.M. & Lewis, C.E. 2008. Genera Palmarum - the evolution and classification of palms. Royal Botanic Garden, Kew, 732p.

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.1 Housing & urban areas locality,habitat,occupancy,occurrence present,future local very high
Nas áreas e faixa altitudinal ocupadas pela espécie foi observada transformação do habitat em função de construção de moradias e expansão da área urbana (Leitman, com. pess.).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.2 Commercial & industrial areas locality,habitat,occupancy,occurrence present,future local very high
Nas áreas e faixa altitudinal ocupadas pela espécie foi observada transformação do habitat em função de áreas comerciais e industriais (Leitman, com. pess.).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
12. Handicrafts, jewellery, decorations, curios, etc. cultivated whole plant
Segundo Noblick e Lorenzi (2010), a tolerância à sombra, torna esta espécie ideal para jardins internos. A busca no site Google pelo nome da espécie resulta em diversas páginas de paisagismo, recomendando seu uso e indicando que há tempos está domesticada, além de páginas de vendas de mudas e sementes.
Referências:
  1. Noblick, L.; Lorenzi, H. 2010. Lytocaryum, including a new species from Bahia, Brazil. Palms, 54(1): 5-17.